segunda-feira, 6 de julho de 2009

Confirmada existência de funcionários-fantasmas
Emanoel Barreto

A Folha informa: Único instrumento de fiscalização das contas bancárias mantidas em sigilo no Senado, a comissão interna formada por um senador e dez servidores é uma peça de ficção. O grupo, que não se reúne há pelo menos cinco anos, é integrado por funcionários que não mais pertencem aos quadros do Senado e até por um servidor morto em 2005. Trata-se de Celso Aparecido Rodrigues, diretor financeiro do Senado. Ele foi designado para o Conselho de Supervisão do SIS (Sistema Integrado de Saúde) em agosto de 2003. Morreu dois anos depois.
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Comprovado: funcionários-fantasmas existem. Eles andam à noite pelas salas, ântecâmaras, corredores e escaninhos do Poder. Participam, influem, opinam e decidem coisas relativas aos vivos. No Senado, sabia?, têm até livro de ponto e cumprem fielmente com o seu dever, ou seja: fazer nada. Coisa que já faziam, e muito bem, quando estavam vivos. E somente porque eram vivos, "muito vivos", que conseguiram, já mesmo em vida, ser funcionários-fantasmas.

O Senado é o cenáculo onde se espicham, se espojam e vicejam tipos os mais condenáveis, que achincalham, na esbórnia de suas vidas lodosas, o dinheiro que falta ao posto de saúde, à escolinha de bairro, aos mais pobres da nação.

PS: Se você digitar neste blog a palavra "zumbi" saberá como surgiram os funcionários-fantasmas e a incrível história do seu surgimento. É de arrepiar.

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