
Emanoel Barreto
O senador Cristovam Buarque propôs há pouco que o presidente do Senado, José Sarney, se licencie do cargo por cerca de 60 dias, a fim de que as investigações a respeito dos atos secretos administrados pelo diretor da Casa, Agaciel Maia, sejam apurados. Buarque afirma que a "velocidade de Sarney" não coincide com a "velocidade da opinião pública", que exige medidas drásticas no enfrentamento da crise moral, mais uma, que brota nos pântanos da Casa.
Ao que parece, começa a ficar insustentável a posição de Sarney. Para amanhã, está previsto pronunciamento do senador Eduardo Suplicy, também relativo ao assunto. Está na hora, está bem na hora, de que aquela Casa comece a entender-se como Legislativo, em vez de ambiente espúrio, cheio de tramas e tenebrosas transações.
Alguém precisa ser punido. Há corrupção demais ali. Perdoe-me talvez pela grosseria, mas o vômito que jorra do Senado precisa ser tratado com remédio amargo.
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