segunda-feira, 15 de junho de 2009

Na foto da AP, Mir lidera protesto
No país dos aiatolás
Emanoel Barreto

Supostas fraudes na eleição presidencial do Irã estão mobilizando França, Alemanha e Reino Unido, que cobram investigação a respeito da reeleição surpreendente de Mahmoud Ahmadinejad com a expressiva votação de 63% dos 25 milhões de votos aos candidatos. A comunidade internacional estranha, exatamente, o número, considerado expressivo demais, não retratando a realidade da campanha, que permitia suposição de vitória do seu principal adversário, Mir Hossein Mousavi

A reação internacional ocorre em boa hora. O Irã é uma teocracia republicana. Assim, os ditames religiosos imperam como leis gerais, para tratarmos a coisa de forma simplificada. Lá, o presidente não é o chefe supremo das forças armadas, como acontece no Ocidente. Isso é coisa que fica adstrita ao ailtolá Khamanei, sucessor do trevoso aiatolá Khomeini.

Além disso, o presidente eleito, para assumir, tem que passar pelo crivo do Conselho de Guardiães. Se não for aceito, ganha mas não leva. A eleição do reformista Mir Hossein Mousavi seria sem dúvida um avanço e poderia significar mudança no relacionamento do Irã, que está a exigir alterações para melhor no relacionamento dos antigos persas com a sociedade civil internacional.

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