
Emanoel Barreto
As coisas de jornal do país inteiro constatam: temos um Senado secreto. Ou pelo menos um Senado com segredos. E todos voltados para a ocultação de atos indignos de uso da coisa pública em benefício privado: promoções indevidas, pagamento de horas extras não cumpridas, cargos criados para beneficiar nepotes, privilégios, bonanças imorais.
O presidente da Casa, José Sarney, ocupou a tribuna para defender-se e dizer que a culpa não é dele, é do Senado. Ou seja: a instituição é viciosa, perdulária. É fruto de nossa cultura política desmazelada e ávida pelos prazeres escuros do Poder.
Com isso admite que trata-se de situação posta de tal maneira que não há como ser reconvertida em plano melhor. Afirma-se como participante de instituição indecente, que exibe sua imoralidade como troféu apodrecido.
Tristes tempos. Triste povo. Oremos.
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