A voz que então falava
Emanoel Barreto
É terror, é medo, é desespero?
É, é tudo isso e ainda desamparo.
Na boca presa o coração estala.
Na alma tensa o sol já se apagou.
Depois, vem mais um dia.
E quando o dia acaba a voz que falava é silêncio, cicio, noite mortiça, neblinas, negror.
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