Se não tem pão, coma brioche
Emanoel Barreto
Com as mudanças no mercado de capitais, a insegurança, como dizem "eles", os bancos agora estão querendo tirar muito de quem já tem pouco: agora "eles" estão querendo que o governo autorize a redução na renda das cadernetas de poupança, a fim de beneficiar quem?, quem?, quem? "Eles", naturalmente.
Os mecanismos de poder, as diversas formas de homens ou grupos de homens determinarem o que os demais devem ou podem fazer, são muitos. Um destes mecanismos é a posse, a propriedade e o controle do dinheiro.
E os bancos, agora, intentam mais uma manobra, a incidir diretamente sobre o pequeno poupador, aquele que não tem informações nem disponibilidade financeira para investir em fundos ou ações.
A redução no rendimento da poupança, que já baixo, corre o risco de cair ainda mais. "Eles" não querem e sequer cogitam de abrir mão de seus polpudos lucros, lucros advindos da usura social que desaba sobre os mais fracos. É histórico: sempre que as elites perdem, se é que perdem, mesmo que seja só um pouquinho, tratam de aumentar o fardo dos que trabalham para sustentar a sua inércia.
Não é justo. Mas é o que está posto. E se o povo não tem pão, como dizia a rainha Antonieta, que coma brioche.
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