terça-feira, 21 de outubro de 2008

Marcacos me mordam!

Veja,
O tipo aí na foto é Marcos Valério, famoso desde que foi denunciado como envolvido no mensalão. "Macacos me mordam!", como diziam os personagens de antigas histórias em quadrinhos, o homem, até em fotografia, sabe se esconder muito bem. Mesmo que hoje esteja preso. Mas sai já, sai já...

E, saindo da cadeia, poderemos dizer "Marcacos andaram mordendo o dinheiro dos brasileiros." E morderam muito, e mordem, todos os dias. A corrupção é coisa nossa, tão antiga e farta como as capitanias hereditárias, que El Rey de Portugal distribuía aos ricaços daquele tempo.

A corrupção é doença. Um estranho e invisível vírus. Na verdade, um vírus mais intangível que o ar. O ar, pelo menos, podemos senti-lo. O vírus da corrupção, não. Ele existe, digamos assim, numa certa esfera espiritual. Pronto, é isso: o vírus da corrupção tem sua existência nas matrizes mais profundas, reptilianas, da mente dos corruptos. Já se nasce com essa propensão, disseram-me alguns cientistas que estudam o caso em laboratório.

Quem sou eu para discordar? Esses cientistas, uma vez, conseguiram isolá-lo. Mas, isolado, conseguiu fugir. Como? Muito simples: contaminando um dos próprios cientistas.
Emanoel Barreto

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