Caros Amigos,O príncipe Harry, terceiro na sucessão do trono da Inglaterra, está há quase três meses combatendo os talibãs, no Afeganistão. Creio que deve fazer parte dos afazeres de um monarca o aprendizado da morte. Então, é assim que se formam os futuros dirigentes do mundo? As elites, sempre, têm desculpas e explicações para as suas atitudes, especialmente aquelas que dizem respeito ao exercícios do poder via brutalidade.
O discurso oficial, certamente, busca salientar que o príncipe está sendo tratado como qualquer outro jovem em idade de serviço militar. Seria, digamos assim, sua inserção na democracia pelos caminhos das armas. Sem dúvida, é bastante democrática a distribuição de balas contra os afegãos.
Não se trata, aqui, de uma defesa do regime dos talibãs, pela sua própria natureza cruel, desumano e opressor, uma vez que cimentado num fundamentalismo religioso bárbaro e implacável.
A questão volta-se para o fato de que um presuntivo futuro rei inglês seja chamado às armas como parte de sua educação. Segundo o Estadão Online "Harry está em solo afegão desde dezembro. O envio do príncipe não foi informado antes por causa de um acordo entre o Ministério da Defesa e organizações de mídia, entre elas a Associated Press."
E a mídia, para completar, entra em conluio, nesse processo de ocultação. Por que isso? Por que esconder que o Príncipe está na linha defrente e, segundo o jornal, tem-se saído muito bem e corrido os mesmos riscos que seus companheiros de combate? Quem furou o segredo foram uma revista australiana e um jornal alemão.
Detalhe, a foto acima e outras que podem ser vistas no Estadão, na net, não demonstram nada de ação militar. O flagrante é, claramente, posado.
Outro detalhe: Só não foi revelado quantos o Príncipe já matou.
Emanoel Barreto
Foto AP
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