sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Tristes costumes políticos

Caros Amigos,
A decisão do Supremo, determinando que os mandatos pertencem aos partidos, não aos mandatários, inaugura, espero, um encaminhamento - mesmo que ainda tímido -, de nossos costumes políticos a uma postura algo civilizada.

É preciso acabar com a figura do velhado de paletó, que ao não ter atendidos seus apetites, muda de bando e se insere naquele que mais lhe atende aos intentos de pirataria.

Se alguém integra um partido político é porque o faz em consonância com afinidades ideológicas e históricas. É inaceitável que alguém mude de sigla partidária como quem sai da um ônibus político e passa para outro.

Trata-se, lamentemos, de uma cultura de há muito enraizada nas atividades políticas; mais que isso, integra a cultura nacional maior, os costumes do dia-a-dia, o jeitinho brasileiro, as coisas nossas do cotidiano.

E as pequenas infrações, corrupções, facilitações, enganações e procedimentos correlatos, terminam desaguando na eleição de mestres talentosos na estimada arte - em alguns círculos -, da manobra política em proveito de si e dos seus.

A determinação do Supremo dá algum alento a quem espera por novos tempos. Esperemos que estes venham, como se fora uma manhã aberta a uma nova vida à cidadania.
Emanoel Barreto

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