sábado, 6 de outubro de 2007

O direito à preguiça

Caros Amigos
Vejo na TV um professor doutor defendendo o direito à preguiça como algo de real importância para o povo brasileiro. Entre boquiaberto, perplexo, desencantado, caio em mim e entendo: preguiça pode mesmo virar jurisprudência social num povo que, convenhamos, não é mesmo muito chegado ao trabalho.

Os feriadões são espécies de datas sacras trabalhistas e infundem um tal estado de espírito carnavalesco-ocioso, que chego a temer pelas noções de civismo e responsabilidade. Às favas com tudo isso... é a norma. E lá vamos nós para o ócio desabalado.

E, chegando o domingo, vem mais um dia de modorra barulhenta, descanso esparramado em velhacaria televisiva vulgar e insusportável de programas como o do Faustão, que brada suas grosseiras baboseiras para um público que urra, após haver assistido a mais um jogo de futebol.

Diante de tudo isso, começo a suspeitar: será que o Brasil não é uma pegadinha?
Emanoel Barreto

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