segunda-feira, 25 de junho de 2007

Quo vadis?

Na política brasileira, dizem os que dela fazem uso, é sempre importante o "fato novo". No caso, lamentável e moralmente trôpego, do senador Renan Calheiros, seus iguais não se dão por vencidos e, ao contrário do que anunciavam os jornais, cobram forças e já intentam que a decisão do Conselho de Ética quanto à instauração de processo contra ele seja adiada para agosto.

O fato novo é esse: a reestruturação dos aliados de Renan, que até então davam sinais de cambaleio, expondo a tibieza e a cara flagrada. Mas agora, certamente chicoteados pela decisão de ferro de Renan, suas manobras e cobranças, partem para novo ataque, buscando salvar aquela eminência decaída.

Homens de moral elástica, cheios de ética complacente, seus aliados esperam que, chegado o recesso parlamentar, a imprensa esqueça o caso, a opinião pública passe a se preocupar com outras mazelas nacionais e as peças desse jogo político, imerso em lamaçal e vergonha, possam se mover com facilidade em meio às sombras, salvando o senador alagoano.

Brasil: ó tempos! Ó costumes! Quo vadis?

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