As dores do mundo são dores antigas, dores experientes, treinadas no sofrer e adestradas em persistir. São dores que vivem com o homem desde os antropóides, as hordas, os impérios antigos, as lendas, os mitos. As dores do homem são velhas mazelas, endêmicas e eternas ao próprio homem.
As dores do homem são fotos e letras no jornal, imagens e gritos na TV, rugidos no rádio, paisagens feias nas revistas.
As dores do homem são manchetes que temos na alma e que, todo dia, se renovam. São sempre a mesma coisa. Somente mudam de cara. São cores escuras, pesadas e frias; eternas e más, soturnas e duras. Se derretem alma adentro e sabem que dali brotarão sempre. As dores do homem. As dores do homem. As penas do homem.
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