terça-feira, 15 de maio de 2007

Quando a vaidade chega ao plenário

A eleição de personalidades midiáticas a cargos no Legislativo, além de revelar a descrença do brasileiro para com os, digamos, políticos profissionais, aponta para um perigoso pessimismo: não adianta votar nessas pessoas, então vamos escolher um palhaço, ou algo assim, é o que diz o senso comum.

Foi essa descrença que resultou na eleição do costureiro Clodovil Hernandes. Figura polêmica, ególatra, narcísica, ele não perde uma oportunidade para se projetar e usa o plenário como um palco ou estúdio de TV.

Além de em nada contribuir para com o debate da cena nacional, o costureiro agora está envolvido num contencioso com a deputada Cida Diogo (PT-RJ). Grosseiro, ele agrediu verbalmente a deputada, a quem chamou de feia e incapaz até mesmo de se prostituir, pelo fato mesmo de ser uma mulher feia.

A desinteligência está causando discussões que envolvem as deputadas,que se sentem agredidas e querem alguma punição a Clodovil. Nada mais justo.Clodovil deveria estar cuidando de vestir mulheres que se pretendem elegantes, em vez de estar pisando o chão da Câmara dos Deputados, onde há assuntos bem mais sérios que as conversas de damas da alta sociedade.

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