Numa de suas raríssimas entrevistas, Roberto Carlos falou a vários jornalistas e alguns privilegiados turistas do transatlântico Costa Fortuna, onde apresenta shows para uma platéia classe A.
Conversou sobre sua carreira, admitiu a possibilidade de em futuro próximo vir a fazer plástica, revelou-se adepto da malhação para se manter em forma aos 65 anos e até admitiu ter simpatias pelo funk.
Roberto Carlos, que somente não gostou de falar sobre sua biografia não-autorizada, anunciou que publicará uma autobiografia e garantiu: não usa Viagra.
Claro, a brasa ainda não apagou.
Agora, um detalhe: a rigor, qual a importância de tudo isso? Quantos homens de 65 anos também fazem cruzeiros, são riquíssimos, podem até pensar em publicar uma autobiografia, malham diariamente não usam Viágra e ninguém sai à sua procura, para saber detalhes de suas vidas, etc.. etc... etc...?
Respondendo: não há, em essência, qualquer importância. O único - e vigoroso detalhe - é que Roberto Carlos é uma figura midiática, administra muito bem sua imagem, trabalha sua visibilidade e tem todo um passado, também midiatizado, a respaldar sua pessoa.
E as figuras midiáticas são assim: cobrem-se como véu transparente da fama e tornam-se distantes, porém visíveis pela TV, jornal ou revista, internet ou o que mais seja. São visíveis, mas intangíveis, ausentes ao contato visual direto, ao toque de mão, ao carinho, ao abraço.
E disso sobrevivem, e isso industrializam pela mídia. São produtos de massa e assim tornam-se reis.
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