sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Precisamos de um tapete mágico

Um sargento cujo nome é mantido em sigilo, confessou, chorando, ser o responsável pelo apagão dos aeroportos brasileiros. Ele trocou, por incapacidade profissional, os comandos que acionariam um sistema de rádio suplementar, que substituiria o sistema principal, que apresentava problemas.

Aí está a situação do controle de tráfego aéreo brasileiro. Entregue a gente desqualificada e o que é pior: eticamente incapacitada para o exercício de uma atividade tão importante. Explico: segundo o Estadão, ao perceber o erro, pois tudo imediatamente parou de funcionar, o militar retirou-se sorrateiramente. Somente depois que o pânico instalou-se, e mesmo assim muito tempo depois, ele confessou a falha e a fuga.

Resumo: e apesar de tudo,não se percebe uma ação enérgica do governo federal, através de suas instâncias competentes para o setor,na solução do problema. É inadmissível que num país como o nosso, com o volume de tráfego aéreo que apresentamos, tal situação se mantenha.

A categoria dos controladores de vôo precisa ser qualificada, treinada, inclusive em termos salariais, e ter um plano de carreira. Essas falhas que agora explodem são o resultado de anos e anos de ocultamento; mantinha-se uma situação caótica em seu limite máximo, até que aconteceu o acidente envolvendo o Legacy e um avião de carreira. E tudo veio abaixo.

Não se vê ação ou solução a curto prazo. Enquanto isso, podemos pensar: como seria bom ter um tapete voador. Ele seria como um bichinho mágico e amestrado. Voaríamos em paz e todas as nossas viagens seriam um sonho.

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