terça-feira, 13 de junho de 2006

Nós viemos aqui pra jogar ou pra manquejar?

"Treino é treino,
jogo é jogo."
Didi, o Príncipe Etíope

Como se viu, a frase de Didi é lapidar. O inventor da folha-seca, com simplicidade, demonstrou que, em campo, de nada adiantou quarteto mágico, nem qualquer mirabolância de mídia, para endeusar a Seleção. Na verdade, em lugar da mirabolância com que se buscou colocar os jogadores como seres lieralmente imbatíveis em campo, faltou foi mira na bola, mira no gol.
Os treinos foram treinos. O jogo foi o jogo. E que jogo...
Não houve uma vitória, em seu sentido maior e preciso. Houve, isso sim, alívio. No mais, é registrar, com relação a Ronaldo, a definição dicionarizada: Fenômeno: ser ou objeto com algo de anormal ou extraordinário, classificação atribuída a Ronaldo, camisa 9 da Seleção brasileira, pelo fato de que, somente uma pessoa anormal ou extraordinária, consegue receber todo mês um salário em torno de R$ 12 milhões no Real Madrid, ser escalado para a Copa de 2006 e a única coisa que conseguiu fazer no jogo contra a Croácia foi papel de joão-teimoso, aquele boneco de borracha ou de plástico que cai e levanta, cai e levanta...
Então, é isso mesmo: treino é treino, jogo é jogo. No mais, é tomar cuidado com essas imagens construídas, de pessoas acima do comum, insuperáveis. E se a Seleção é a Pátria de chuteiras, vale lembrar que as de Ronaldo causaram calos. Então, calo por calo, é bom ficar calado e ver a realidade com olhos, digamos, menos emotivos. A não ser que a Pátria queira sair mancando a cada nova partida.

Nenhum comentário: