Dinheiro sujo na opereta bufa do Brasil
Por Emanoel Barreto
O dinheiro sujo sempre enlameou as mãos de políticos, a alma dos escroques do mandato, a vida de muitíssimos dos que se dedicam ao ofício de fazer-se eleger desde vereador até presidente da república.
Mas o senador Chico Rodrigues superou em tudo as metáforas para corrupção: ele, literalmente, tinha dinheiro sujo não nas mãos, mas no fosso ao sul do seu corpo.
O papel-moeda, que no momento do vexame não cumpria ato de corriqueira ação higiênica transformou-se em documento acusatório, folha-corrida, possibilidade de ordem de prisão e, em toda a extensão do termo, papel safado.
E o senador, na opereta bufa da vida pública nacional transformou-se no mais escarrado exemplo do quanto um ser humano pode descer até chegar ao mais profundo da indignidade.
Deixou atrás de si um péssimo exemplo.
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