sexta-feira, 10 de março de 2017


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Temer, o presidente-placebo,
e o terrível Dr. Caligari

Na farmácia magistral da política, onde nem sempre as poções são remédios nem se busca a cura, temo que o chamado governo Temer seja apenas um placebo, adredemente preparado pelas manipulações do PSDB quando macerou o mandato de Dilma e deu ao PMDB um falso mandado que é sorvido, amargo, por um falso presidente. 

Da mesma forma que o placebo é o remédio inócuo, cujo efeito se dá no plano psicológico – já que placebo, do latim placere, quer dizer agradar –, o PSDB administrou ao PMDB o elixir do Poder.

Agradando o PMDB com o fictício mandato, o placebo foi absorvido pelo paciente, Temer no caso; e, sob o efeito da droga, o personagem dito presidente atirou-se a produzir pacotes de maldade, como habitante de um terrível gabinete do Dr. Caligari. 

Mas o presidente-placebo se está desvanecido com as possibilidades de sentir-se capaz de garrotear o povo, sufocar quem já quase não pode respirar, tem problemas bastante reais – senão vejamos: está cercado por tipos metidos com acusações de crimes.

Assim, corre de um lado para o outro tentando distribuir poções, buscar soluções políticas mirabolantes, ministrar placebos à realidade como se fosse possível enganar a essência dos fatos, dos terrorosos crimes de corrupção praticados no escuro e agora trazidos à luz dos escândalos. 

Não sei até quando o presidente-placebo conseguirá manter-se correndo loucamente em sua farmácia magistral em busca de fórmulas de última hora para manter a farsa histórica, de mais de quinhentos anos, quando poucos se fartam do que falta a muitos. 

Mas sabemos todos que placebos não curam.  Especialmente quando foram preparados com o objetivo de, na verdade, funcionar como veneno.

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