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Temer, o
presidente-placebo,
e o terrível Dr. Caligari
Na
farmácia magistral da política, onde nem sempre as poções são remédios nem se
busca a cura, temo que o chamado governo Temer seja apenas um placebo,
adredemente preparado pelas manipulações do PSDB quando macerou o mandato de Dilma
e deu ao PMDB um falso mandado que é sorvido, amargo, por um falso presidente.
Da mesma
forma que o placebo é o remédio inócuo, cujo efeito se dá no plano psicológico –
já que placebo, do latim placere,
quer dizer agradar –, o PSDB administrou ao PMDB o elixir do Poder.
Agradando
o PMDB com o fictício mandato, o placebo foi absorvido pelo paciente, Temer no
caso; e, sob o efeito da droga, o personagem dito presidente atirou-se a
produzir pacotes de maldade, como habitante de um terrível gabinete do Dr.
Caligari.
Mas o
presidente-placebo se está desvanecido com as possibilidades de sentir-se capaz
de garrotear o povo, sufocar quem já quase não pode respirar, tem problemas
bastante reais – senão vejamos: está cercado por tipos metidos com acusações de
crimes.
Assim,
corre de um lado para o outro tentando distribuir poções, buscar soluções políticas
mirabolantes, ministrar placebos à realidade como se fosse possível enganar a
essência dos fatos, dos terrorosos crimes de corrupção praticados no escuro e
agora trazidos à luz dos escândalos.
Não sei
até quando o presidente-placebo conseguirá manter-se correndo loucamente em sua
farmácia magistral em busca de fórmulas de última hora para manter a farsa histórica,
de mais de quinhentos anos, quando poucos se fartam do que falta a muitos.
Mas
sabemos todos que placebos não curam. Especialmente
quando foram preparados com o objetivo de, na verdade, funcionar como veneno.
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