terça-feira, 31 de outubro de 2017

Vamos cevar os ladrões



Os políticos e a garrafa de rum

Quando criança li um livro de piratas. Lembro de uma cena em que o autor, cujo nome não recordo, mencionava versos de uma suposta canção dos bandidos comemorando um butim. 

Dizia: “Quinze homens sobre o baú do morto, oh-ró-ró!/ E uma garrafa de rum, 0h-ró-ró!/O diabo e a comida cuidavam do resto, 0h-ró-ró!/E uma garrafa de rum, 0h-ró-ró!”

Veio-me hoje à memória essa imagem, para mim metáfora perfeita da situação vivida hoje pelo país: políticos inconfiáveis, tipos suspeitos, indivíduos envoltos em inquéritos, aproveitadores e desatinados, há de tudo sobre o baú do morto. E, claro, muitas garrafas de rum. 
No entanto, não podemos parar e haverá o momento em que deveremos escolher. 

Como cidadão e jornalista optei por assumir a, por enquanto, a perplexidade como forma de observação, ter visão crítica até tomar decisão a respeito de alguém que seja merecedor de voto; sabedor, como disse no texto de ontem, que em política não há santos. 
É preciso ter consciência de que hoje o país está nas mãos, melhor dizendo nas garras de sujeitos lamentáveis, perigosos, avessos aos mais mínimos princípios de ética ou respeito.

Há perigo na esquina da História. E há quinze homens sobre o baú do morto. 



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