O ditador da Coreia e a farsa de Temer
Kim
Jong-un, o rabicundo ditador da Coreia do Norte, expressa, na ridícula situação
captada pela foto, o quanto o Poder transtorna as pessoas: seja na própria imagem
do mandatário em seu sorriso ardiloso, seja na sujeição das crianças e da jovem
que com ele compartilham a cena.
Somente
alguém muito tolo acreditaria que ali está registrado momento autêntico,
captação de um flagrante onde a camaradagem e a sinceridade é compartida entre líder
e liderados.
Ao contrário,
o que existe na imagem é um sujeito com poder de vida a morte, ao lado de
vassalos.
Mesmo admitindo-se
que a propaganda oficial crie nas mentes juvenis a suposição de que estão
privando da informalidade do mandão, farsa e farsa.
Estabelecendo-se
um paralelo com a nossa realidade temos aqui também um governo – que se não tem,
claro, qualquer proximidade com a essência ideológica da insanidade coreana –
tornou-se por si mesmo uma farsesca realidade.
Temos um
assim chamado presidente que corre de um lado para o outro apagando incêndios políticos
que seus iguais teimam em reacender a cada explosão de seus atos sujos.
A imagem
pública de Temer é péssima. Somente não piora porque são raras as pesquisas.
Viessem
as tais com a mesma intensidade com que pipocavam quando Dilma era presidente e
veríamos o quando o ocupante do Palácio do Jaburu estaria sorumbático
midiaticamente.
É que,
dizem, o jaburu é a ave brasileira que representa a tristeza, o desalento, a desolação,
a aflição. E isso tudo são situações fartas no cotidiano nacional.
O
jornalismo amigo já tentou usar a figura da Sra. Temer como baluarte para criar,
literalmente, uma boa imagem do governo. O problema é que o governo é um
problema.
E, como não estamos na Coreia do Norte não há
fotos suficientes para dizer que está tudo bem.
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