terça-feira, 15 de novembro de 2016

A República não deu certo





Viva o Reino do Brasil!!!!
No Dia da Proclamação da República venho propor que repensemos nossa situação. Creio que a tal República não deu certo, como já nos advertira Antônio Conselheiro. Assim sendo, venho propor que, diante do quadro instalado de corrupção, falcatruas, dilapidação do patrimônio, safadagens e outras cousas tão já do nosso conhecimento voltemos a ser um reino.
Sim, um reino! Teríamos a família real: rei, rainha, o príncipe herdeiro e uma princesa; que, como toda princesa, seria encantada. Já pensou? O Brasil tendo uma princesa encantada?
Mas, como em toda história de princesa, ela iria desaparecer atraída por um bruxo; e, para encontrá-la, viria da Inglaterra um garboso cavaleiro, quem sabe o próprio Parsifal, que deixaria de lado por uns tempos sua busca do Santo Graal e iria encontrar e trazer de volta a nossa princesa.
Com ela iria se casar e todos passaríamos a ser um pouco ingleses! God save the Queen!
Outra coisa: como vivemos o problema da inflação e, como se sabe, a inflação é um dragão, a gente mandava chamar São Jorge que é o protetor do povo na luta contra os dragões. Por aí você já vê que as coisas iriam começar a se ajeitar.
O dragão iria embora, a inflação se acabaria e todos seríamos felizes. E o mago Merlin, também convidado ao Brasil, seria nomeado primeiro ministro. Com magia e sortilégios manteria o reino em paz e prosperidade.
Mas, São Jorge não iria embora. Ficaria aqui, vigilante à inflação. Só por precaução, sabe? Como os americanos dizem, just in case...
Sim: Merlin iria chamar muitas fadas para o Brasil. E as nossas florestas passariam a ser habitadas por fadas, duendes, gnomos, elfos que, parece, são tudo a mesma coisa, mas não importa: o importante seria o Brasil transformado em reino.
Sílfides bailariam no ar. Morgana seria a grande mestra de mistérios e outras sabenças e instruiria duques, barões, arquiduques, condes e baronetes ao exercício da bondade junto ao povo.   
Importantíssimo: todos os queijos passariam a ser “queijo do reino”. Isso baixaria em muito o seu preço. Como se sabe, queijo do reino é muito caro. Mas, como todos os queijos seriam do reino isso reduziria o seu preço. Lei da oferta e da procura, sabe?
Outra coisa: haveria grandes criações de unicórnios. O Brasil passaria a criar aqueles lindos cavalos, fazer seleção genética e exportá-los para todo o mundo a peso de ouro.
Cavaleiros andantes percorreriam as estradas a defender os pobres e oprimidos.
Deveríamos, no entanto, estar atentos.  Trump certamente nos chamaria a uma Cruzada contra os mouros a quem ele tanto odeia. Mas, nossos sábios dirigentes saberiam dizer não.
E assim, ante tudo o que aqui foi dito, urge que nos mobilizemos a favor da monarquia. A República não deu certo pelos motivos já acima especificados. Assim, que haja um reino e que sejamos todos reinóis.
Mas vamos fazer isso depressa porque isso aqui é apenas um texto de jornal – algo como um sonho meio ingênuo, meio satírico – e pode ser que Temer, sabendo disso, nos proíba de sonhar por vinte anos além dos vinte que já estamos vivendo.
E se ele fizer isso, pronto! Acabou-se o Reino do Brasil.
Imagem encontrada no endereço: https://www.google.com.br/search?q=cavaleiros+andantes&client=firefox-b&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi64e-z76rQAhWKgZAKHXWCBIgQ_AUICSgC&biw=1920&bih=922#imgdii=_RUWt_NNlSeMyM%3A%3B_RUWt_NNlSeMyM%3A%3BB8uSMTfXeCPbDM%3A&imgrc=_RUWt_NNlSeMyM%3A
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ZOORÓSCOPO
UBURU - Não, não pense que os aqui nascidos são agourentos como há tanto tempo de diz. Os de Urubu são trabalhadores injustiçados. Cumprem com jornadas de trabalho difíceis, que os de Pavão jamais aceitariam, muito menos quem nasceu em Ave do Paraíso. Cumprem com o seu ofício e ainda são chamados de bichos ruins.

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