sábado, 27 de julho de 2013

O dinheiro ou a fé



O papa e os poderes de Roma
A vinda do papa Francisco implicou, no plano jornal-midiático, uma polifonia opinativa, gestos retóricos os mais diversos; cada um buscando dar uma explicação, uma interpretação a respeito do significado da visita. Este é apenas, em processo de metalinguagem, mais um dos tais textos. Curto, muito curto.
 
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Fica bastante claro que Francisco diverge por completo de todos os que o antecederam. A partir do fato de ser latino-americano. E surge num contexto em que a Igreja enfrenta literalmente concorrência com o protestantismo, especialmente em suas facções mais comerciais, pregadoras que são de uma certa teologia da prosperidade ou algo que o valha.

O papa vem no sentido oposto: valorização dos pobres, respeito às pessoas que estão em tal condição de classe, não aliança com a busca de sentido para a vida via ganho montanhas de dinheiro. Ou uma religião tio patinhas.

Parece-me que, em meio à crise que vive, a Igreja é instada pelo seu chefe supremo à busca de novos caminhos. Para tanto terá que conviver –  e vencer – os poderes interna corpore ao Vaticano, o lado mais, digamos, mundano da Igreja. Aquele lado que tem um banco poderoso, é envolvido com pedofilia, acata preconceitos. 

Se começar a vencer isso já será um bom começo de caminho.

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