quarta-feira, 17 de julho de 2013

Corrupção como patrimônio imaterial





Prever para prevaricar

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Cachaça: o termo cachaça passou a ser respeitado no mercado norte-americano depois de muita luta; como designação de produto tipicamente brasileiro. Quer dizer, respeita-se um bem imaterial, seu preparo, a cultura, o debruçar espiritual do artífice sobre a sua obra, a arte enfim. Do mesmo modo que o francês defende seu champanha.

 Temos porém, além da cachaça, outro produto bem brasileiro, possivelmente jamais igualado por qualquer outro país: temos a corrupção. Chegamos, pelo menos quase, à perfeição: trata-se de elaborado processo, sinuosas manipulações. 

Que vão do planejamento, conhecimento jurídico-burocrático dos meandros e das leis a serem burladas e manipuladas a favor do corrupto e seus corrompidos até a execução; na certeza de que, falhado o plano espetacular, nada acontecerá. A impunidade faz parte do processo. Não impede uma nova intentona, está nos genes da cultura política e empresarial brasileira.

E ficam os partidos se acusando mutuamente, manchados e moralmente trôpegos, mas acusando-se sem parar o que dá à vida pública da a sensação de que a finalidade da política, aqui política partidária, é unicamente a troca de desaforos e blasfêmias contra o bem social, processos e 
delações premiadas.

Assim, urge que se tomem as providências para registrar a corrupção nacional, a fim de que lá fora não nos tentem tomar esse licor, patenteando-o. E o que é pior: que tenhamos de comprar no mercado internacional algum caderno de métodos e técnicas de corromper. Não tenho dúvida de que, ocorrendo isso, se formariam imediatamente grupos e lobbies

Todos cobrando seus vinte por cento de comissão, alegando que seria muito importante o país importar esse bem como commodity, sob o lema positivista: prever para prover. Ou melhor: prever para prevaricar.
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ZOORÓSCOPO
Cavalo - Conhecidos pelo temperamento digamos, forte, para não estúpido, o cavaliano atrita-se facilmente. Mesmo que o parceiro
Guido Daniele
não o tenha provocado. Cavalo, no entanto, não deve casar com mulher nascida em Hiena. A mulher em Hiena não leva desaforo para casa e ainda sai rindo depois de dar o troco ao agressor. 


 

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