quarta-feira, 13 de março de 2013



Papas na língua
palcocatolico.com.br/noticias
O processo de escolha de um novo papa, tradicionalmente cercado de expectativas­­­, ganha expressão midiática, assumindo ares de reality show. Com a Igreja envolta em casos tipicamente laicos, melhor dizendo, mundanos, pecaminosos, a eleição do novo sumo pontífice assume conotações políticas e de marketing.

Do ponto de vista político o novo papa precisará ter competência para dialogar com uma sociedade ocidental em transe. Ou seja: com o esgotamento do modelo eclesial hegemônico, será necessário ter atitude compatível com o momento para manter espaço de poder, e isso depende muito da quantidade de fiéis que componha o seu rebanho. Quanto maior for esse número maior será o poder. E isso, sabemos, já não é tão patente quanto em épocas passadas.

Muitos abandonam a Igreja para formar ao lado de congregações que prometem a seus seguidores dinheiro e felicidade neste mundo. Outros, simplesmente, não querem mais saber de religião e pronto. O poder, então, começa então no processo de cativar e fidelizar os crentes, para, a partir daí, colocar-se e instituição em condições de apresentar-se de forma competente em seu campo de atuação.

A Igreja, além do mais, deverá ser mais marqueteira. A entidade vive uma crise de comunicação de seus valores e sua alta hierarquia sabe disso. Dogmas e procedimentos tradicionais batem de frente com uma sociedade cada vez mais laica e de costumes liberais. Afora isso, há a questão das injustiças sociais, que exigem da Igreja alguma forma de posicionamento; porque também de pão vive o homem.

De qualquer forma a instituição tem prestígio. Tanto que as TVs do  mundo, jornais também, abrem espaço para  a cobertura do acontecimento. O que não se dá, por exemplo, com a escolha do sucessor do dalai lama, uma vez que o Ocidente é hegemônico até mesmo na comunicação global de seus valores.
De qualquer maneira estamos em vias de ter um novo papa em Roma. O novo papa está em todas as línguas da tagarelice mundial.

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