sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Recebo do Sindicado dos Jornalistas do RN e me solidarizo com a categoria



Patrões provocam categoria e mantê

ESMOLA de 5% para os jornalistas

Os donos de veículos de comunicação não aumentaram em nada a proposta INDECENTE da primeira rodada de negociação e mantiveram 5% de reajuste. O índice é VERGONHOSAMENTE abaixo da inflação do período (5,40%) e equivale a um aumento bruto de R$ 55 sobre o piso da categoria, hoje em R$ 1.050, o PIOR DO BRASIL. O reajuste revindicado pelos jornalistas é de 19%. A segunda rodade de negociação aconteceu na manhã desta terça-feira, 13 de novembro, na Superintendência Regional do Trabalho (antiga DRT), na Ribeira. 

O Sindicato rejeitou os 5% e apresentou uma contraproposta com base no que a Assembleia geral dos Jornalistas havia deliberado na segunda-feira. Os patrões ficaram de analisar os novos números apresentados. A nova proposta prevê 16% para quem recebe o piso, 12% para quem ganha entre R$ 1.500 e R$ 2 mil e 8,02% para os que recebem acima de R$ 2 mil. Um novo encontro entre sindicato e patrões foi marcado para 23 de novembro, às 12h, na SRT. 


Para explicar a piada de 5%, os patrões afirmaram que as empresas de comunicação estão deficitárias. O diretor da Tribuna do Norte, Ricardo Alves, foi o que mais se posicionou de forma contrária. Segundo ele, o faturamento das empresas da maioria das capitais do país é maior que as do Rio Grande do Norte, daí a disparida dos salários. Porém, nenhum dos empresários apresentou a planilha de custos dos veículos confirmando os argumentos. "Algumas empresas estão demitindo e um jornal já fechou", disse fazendo referência ao recente fechamento do Diário de Natal.


O presidente do Sindicato patronal, Djalma Correa, lembrou que a maioria dos veículos já paga mais que o piso. "Estamos defendendo as menores empresas que podem quebrar com o reajuste que o Sindicato está propondo. Também estamos aqui representando uma categoria. Admitimos que os salários são baixos, mas temos que encontrar uma alternativa", afirmou.


O Sindicato dos Jornalistas lamentou a postura dos patrões. O diretor do Sindjorn, Rudson Pinheiro, que apresentou a origem dos números calculados com base nos índices de inflação, no PIB e nas perdas acumuladas da categoria, afirmou que se o momento econômico não é bom, que os empresários cortem dos lucros e não do salário dos jornalistas, que vêm se sacrificando pelas empresas há vários anos. "O jornalista do RN recebe o pior piso do Brasil e não é de hoje. Só os jornalistas se sacrificam pelas empresas, mas empresas nunca se sacrificam pelos trabalhadores. Vocês não oferecem sequer a inflação. Por isso tenho direito de achar que esses 5% de reajuste é uma provocação", desabafou. 


A presidente do Sindjorn, Nelly Carlos, também criticou de forma dura os patrões e reafirmou que o sacrifício também tem que partir dos donos dos veículos. "Vocês vieram aqui com o mesmo discurso dos anos anteriores. Vocês têm que mudar esse discurso porque a categoria não aguenta mais. Esse sacrifício não pode partir só dos jornalistas, mas das empresas também", disse.   


Com a nova rodada de negociação marcada para 23 de novembro, os jornalistas deverão se reunir em nova Assembleia Geral para analisar a contraproposta e deliberar sobre a Campanha Salarial. Nos próximos dias o Sindicato vai passar nas redações para convocar a categoria.  Quem se interessar pode acompanhar a campanha através do Blog:
http://saidochaojornalistadorn.blogspot.com.br  

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