quarta-feira, 3 de março de 2010


Cidadania ultrajada por uma obra grotesca
Emanoel Barreto

Varia entre a estupidez, o desrespeito e o grotesco o que a Prefeitura de Natal está fazendo com os moradores da Rua Industrial João Motta, em Capim Macio. As obras de drenagem não levam em conta a assimetria entre as calçadas e a pista de rolamento. Em outras palavras: a rua ficará mais alta que as calçadas. Não é preciso ser um gênio em engenharia para entender que uma lei inderrogável, a lei da gravidade, fará com que a enxurrada, em período de inverno, avance para dentro das casas.

Na minha casa, então, chegou-se ao nível da brutalidade: colocaram o meio-fio bem alto, largaram um monte de areia na entrada da minha casa e o resultado foi o seguinte: para entrar, o carro arrasta no chão. Se estiver com a lotação completa simplesmente não entra.

Já fui ao Ministério Público e lá, na presença da promotora Gilka da Mata, o engenheiro Demétrio Torres prometeu, há cerca de 15 dias, que enviaria um engenheiro para ver a situação: ninguém apareceu. A situação não estava tão clamorosa quanto hoje. Pior para mim: afinal, cidadão foi feito para isso mesmo: para ser achincalhado, agredido e desrespeitado em seus direitos. E isso mesmo pagando o IPTU em dia. E IPTU caro!

Paciência: estão prometendo para amanhã uma "reunião" com os moradores. Vou rezar. Sou um homem de fé. Acredito em Deus, quero bem a Nossa Senhora, tenho medo de lobisomem. Os dois primeiros são do Bem.  O problema, meu amigo, é o lobisomem...

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