quinta-feira, 11 de junho de 2009


Pandemia e pandemônio
Emanoel Barreto

O pandemônio, dizem sábios que vivem no Himalaia, é o pandeiro do demônio. Com ele o capeta faz balançar a economia do mundo e ajuda a loucos como o ditador da Coreia do Norte a se armar com bombas nucleares. Claro, o pandemônio também fuzila seus ritmos quando os Estados Unidos cumprem idênticos propósitos.

E a pandemia? Dizem os mesmos sábios que pandemia é o pandeiro da agonia. Ele é tocado, por exemplo, por larga margem dos integrantes do congresso nacional, que, diga-se de passagem, não perdem nem para o pessoal da bateria da Mangueira.

Enquanto isso, pandeiro por pandeiro, ficamos nós, reles mortais, às voltas com tanta musicalidade infernal. Depois, quando não gostamos, eles nos dizem: "Vá reclamar ao bispo."
No fim, ficamos mesmo na cuíca. Pandeiro toca. Mas cuíca, chora...


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