terça-feira, 5 de maio de 2009

Valha-me, minha Nossa Senhora!
Emanoel Barreto

Nos Estados Unidos, instituições bancárias foram submetidas a um "teste de estresse", para ver se suportariam a pressão da crise que eles mesmos, os bancos, criaram. Trata-se da mais inimaginável perversão econômica: bancos, veja só, estressados. Mais claramente: atribuiu-se a entidades jurídicas vorazes por dinheiro a condição de viventes, tornando-as sensíveis a choques emocionais. Como diriam os americanos: "Oh! My God!"

Logo os bancos, empresas que trabalham com o capital improdutivo e se regem pelos mais rígidos princípios da insensibilidade e crueldade para com a condição humana, têm, pelos seus donos, a desfaçatez de impetrar status igualitário ao Homem.

Daqui a pouco eles irão falar que os bancos estão com depressão - não a depressão em seu sentido econômico -, mas a depressão mesmo, aquela que se abate sobre aqueles que têm dívidas e prejuízos com as insânias cometidas por esses mesmos bancos.

Brasileiramente, digamos: "Valha-me, minha Nossa Senhora!"

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