A História do Brasil revista e ampliada (3)
Emanoel Barreto
A construção de Brasília não foi feita por Juscelino Kubitschek. Na verdade, foi um ator da Globo, na minissérie JK, quem levou a empreitada adiante. O objetivo era manter a audiência da emissora bem alta e enfrentar o crescimento da Record. Com a construção de Brasília deu-se andamento ao processo político, chegando à presidência Jânio Quadros. Mas, como a minissérie acabou, Jânio, que não havia conseguido emprego na Globo, entrou em pânico. Como iria continuar administrando se o programa havia acabado? Esse o motivo de sua renúncia.
Depois, veio o golpe de 64. Quando os militares assumiram o poder começou a construção da Transamazônica, uma estrada que, diziam os entendidos, levaria todo o povo ao Paraíso. Quando ficasse pronta todos poderiam chegar ao Céu facilmente, mas a pé. De carro não valia. O problema era que era muito difícil fazer uma estrada até o Céu, que fica muito alto. A Transamazônica ia virar uma ladeira extremamente inclinada.
Então, como estava já muito caro continuar com as obras, o projeto foi esquecido. Depois, os militares viram que esse negócio de administrar o Brasil é coisa de muita ciência e deixaram os civis voltar ao comando. Com isso voltou a democracia. Que, como se sabe, é o governo dos demos. E como os demos não gostam muito de trabalho, chamaram o Congresso. O Congresso também não gosta lá muito de trabalho. Assim, Brasília tornou-se infestada de mandriões que, entre um bocejo e outro, vão dormir. Isso quando não estão em tenebrosas transações.
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