quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Os maus e a maldade
Emanoel Barreto

O ataque de skinheads à advogada brasileira Paula Oliveira, na Suíça, demonstra o quanto a intolerância, a crueldade e a visão embrutecedora de grupos extremistas podem dar ao mundo o que há de pior no ser humano.

A agressão, perversamente requintada, assumiu aspectos do quanto há de degradante na violência: Paula estava grávida de gêmeas, perdeu as duas filhas e está com o corpo retalhado.

Vivemos um mundo em que as maravilhas da tecnologia, da medicina e da ciência chegaram a um ponto de refinamento que somente tende a crescer. A par disso, viceja a mais abjeta e furiosa expressão da maldade.

Os fundamentalismos, sejam religiosos, econômicos ou ideológicos, somente desaguam num agudo estado de espírito social onde impera o prazer em causar dor e dano. Ao que tudo indica, o processo histórico se encaminha para o recrudescimento da violência como argumento de persuasão e domínio, enquanto o Homem perde a própria noção de humanidade.

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