quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O tempo, o relógio e o salto...
Emanoel Barreto

Saltar sobre o pequeno abismo de todos os dias.
Trazer no olhar a neblina.

Saber que o instante é forma homeopática da eternidade;
que habita, e sempre volta ao mesmo ponto, no permanente
mapa do relógio.

O tempo foi inventado pelo tédio,
que nos ensina a girar
com os ponteiros,
como se alguma coisa fosse se mudar.

Não muda. E o salto é, então,
a tentativa vã dos que vão, vão vão...

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