sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


A corrupção, bicho que não se vê,
mas que está solto por aí
Emanoel Barreto

Coisas para se pensar - O caso da "venda" da cadeira de Barack Obama e a prisão do desembargador presidente do Tribunal de Justiça do estado do Espírito Santo, somente para citar dois casos mais recentes, é um demonstrativo de como a corrupção é algo preocupante e se instala, se alastra nos patamares do Poder.

A corrupção é como que um ente, algo incorpóreo, uma instância espiritual, intangível e vivo, impalpável mas presente. A rigor, de substantivo existem apenas os corruptores e os corrompidos. São pessoas, são materiais. Mas a corrupção, da forma como institucionalizou-se, ganhou a forma intocável de algo; a corrupção tornou-se um ser.

Em todos os países ela está presente. Suas conseqüências são sempre danosas e agravam o patrimônio público e, por decorrência, a sociedade, especialmente junto aos que dependem do Estado enquanto entidade de assistência.

O grande problema que gera, decorre do fato de que corruptores e corrompidos utilizam o Estado como coisa sua. Encontram-se taticamente instalados em postos-chave, de maneira que podem manipular verbas públicas em proveito próprio. Trata-se de grave questão de ataque à moral e à ética e, aparentemente, não há como fazer a limpeza, a sua retirada do corpo social.

Ser corrupto ou corrompido é hoje quase um estilo de vida, uma profissão, uma atividade marginal - no sentido de estar ao lado, paralelo -, do Poder Público. A sociedade civil deve estar atenta, ou então esses bandoleiros da nação tenderão a crescer em número e em eficácia, roubando da sociedade um dos seus bens mais preciosos, a honradez.

ZOORÓSCOPO

PAPAGAIO - São os bonachões, faladores, contadores de piada, brincalhões e boa gente. Como muitas vezes são críticos mordazes, podem dar uma grande contribuição na luta pela queda de ídolos-de-pés-de-barro. Devem porém ter cuidado, como muitas vezes os tais ídolos gostam de tender prendê-los com aquelas correntinhas a algum poleiro somente para ouvi-los falar, devem acautelar-se. O bom papagaiano não deve aprender o que lhe dizem, mas dizer o que muitos não querem escutar.

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