sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Silêncio


Caras Amigas,
Caros amigos,

Pequenos em sua largamente estreita vida,
eles estão ali, em toda parte, em qualquer calçada,
habitando os instantes do mundo.

Não há lágrimas que possam chorar
por tanto horror, não há pena
para tão insano crime.

São tão pobres, calados, miseráveis,
que nem mesmo os vemos ao passar.

E passamos distantes e calados.
A vida também nos passa -trapaça -
e não vem a nossa boca
o grito de acusação.
Emanoel Barreto

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