quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Jus puniendi

Caras Amigas,
Caros Amigos.
Estas são as mãos de um depoente.
O prisioneiro aqui presente confessa que trabalhou; admite que foi explorado.

Confessa que perdeu todas as esperanças,
afirma que nunca teve nada, além da própria vida.

E diz sem relutar que o campo de concentração
em que sempre esteve preso
é tão vasto que sempre soube que
jamais poderia fugir.

Não necessita ser sentenciado, senhores jurados.
Começou a cumprir pena no dia em que nasceu.
Emanoel Barreto

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