Caras Amigas,
Caros Amigos,
Entendida em sentido amplo, a corrupção é um ato pelo qual alguém burla o direito de outro ou outros, engana, surrupia, dribla a lei ou a ética em seu favor. Em outras palavras, é o famoso "jeitinho" brasileiro para tirar vantagem, numa atitude que já foi conhecida como "lei de Gérson".
Agora, com a chamada lei seca, circulam na net maneiras de enganar a fiscalização, mesmo que o motorista tenha bebido. Trata-se de um lamentável dado da cultura brasileira, expresso em atitude que, além de conter um aspecto de flagrante ilegalidade, busca colocar o infrator na condição de esperto, sabido, ágil no enfrentamento de uma situação que entende como punitiva do seu "direito" de se embriagar e sair ameaçando a vida de terceiros.
Todavia, quando se fala em corrupção, vozes sociais se levantam contra os corruptos e lamentam que, sempre, tais indivíduos permaneçam na impunidade. Acontece que, o que se passa no macro-social, também se reflete no micro, seja nos plenários ou nas casas de governo.
É que muitos dos auto-proclamados representantes da sociedade também estão, e muito, impregnados da cultura do jeitinho e buscam com gênio assombroso ganhar o seu, mesmo em detrimento dos interesses sociais que anunciam ser também os seus.
O resultado é a formação de um caldo histórico de cultura da corrupção que se espalha e penetra e se derrama por todas as camadas. No fim, quem engana a lei é o vencedor; quem tira mais para si se torna exemplo. A honradez torna-se sinônimo de tolice e honestidade é apenas uma palavra que será esquecida no dicionário.
Emanoel Barreto
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