segunda-feira, 14 de abril de 2008

Os atos secretos de Marilyn Monroe

Caros Amigos,
O dia 5 de agosto de 1962 entrou para a memória do cinema como uma data trágica: era encontrada morta, nua, Marilyn Monroe. Até hoje, uma morte nunca esclarecida. Quem já leu algo a respeito sabe que ela tivera envolvimento simultâneo com os irmãos Kennedy, Robert e John, e isso teria levado a que setores da segurança americana, CIA e assemelhados, se apressassem em acabar com o affair. Era melhor evitar um escândalo, coisas assim...


Agora, uma revelação acerca da atriz traz sua imagem - literalmente -, de volta à cena do jornalismo. A Folha Online informa: "Para quem acha que os vídeos com cenas de sexo de famosos é algo típico da atualidade, um filme com imagens de Marilyn Monroe (1926-1962) em cenas quentes feito nos anos 50 comprova que esta cultura existe há tempos.
Vídeo de Marilyn Monroe, fazendo sexo oral foi vendido por R$ 2,6 milhões nos EUA
Segundo o jornal norte-americano "The New York Post", a cópia de um vídeo da célebre atriz loira fazendo sexo oral em um homem não-identificado foi vendido para um empresário nova-iorquino pela quantia de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,6 milhões)."

Pergunta-se: qual, efetivamente, a importância desse filmete? O que tem isso de extraordinário? Se formos ver pelo ângulo do fato em si, nenhuma importância. Agora, olhando-o a partir de quem o praticou, o acontecimento ganha outros contornos: trata-se da exposição de uma figura mundialmente famosa, cuja vida foi marcada por escândalos e muito sex appeal.

Norma Jean Baker, seu nome de batismo, agregou à sua imagem todos os valores da mulher-objeto, os tiques e maneirismos das bombshells, os gestos construídos pelo star sistem hollywoodiano. Mas, vendo-se por um terceiro enquadramento, o que fica, o que fica mesmo, é a demonstração de como as pessoas de mídia passam, por isso mesmo, a compor no imaginário coletivo a posição que vou chamar de tipo marcante: aquele em que a passoa midiatizada passa a reunir em si todos os atributos dessa tipificação, sejam estes positivos ou negativos, ou até mesmos os dois.

Com isso, suas atitudes passam a ser alvo de uma curiosidade mórbida, obsessiva, especialmente quando o assunto em pauta são comportamentos de cunho sexual. A curiosidade do público, alimentada pela mídia, despertada por esta, incentivada pelo sistema de comunicação que trabalha em regime de tempo integral, resulta na manifestação degradante, em que massa e mídia são, em essência, uma equipe que age consorciada. Não há, no fim, diferenciação entre espetáculo e público; um e outro são partícipes do mesmo ato socialmente monumentalizado. O espetáculo está no, e é o público.

E os olhos desse grande todo querem ter um olhar penetrante. Querem os atos secretos, querem o que escondido; querem ser senhores de todos os silêncios.
Emanoel Barreto

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