Caros Amigos,
Informam as coisas de jornal que o presidente do Egito, Hosni Mubarak, está concitando os mulçumanos a protestar contra a republicação, por jornais dinamarqueses, de charges do profeta Maomé. A Folha Online, por exemplo, detalha que Mubarak afirmou: "É necessário que os países muçulmanos unam suas vozes em nome de seus povos contra qualquer um que tente ferir o profeta e subestimar os sentimentos da nação islâmica e seus santuários sagrados". Este ano, os seguidores do islamismo comemoram aniversário do seu profeta, diz a Folha.
Uma das charges que satirizam Maomé está acima; de autoria do artista Kurt Westergaard.
Sinceramente, não sei o porquê de tantos ânimos acirrados, ameaças de morte e pessoas enlouquecidas correndo pelas ruas, pois é inegável que o Corão influencia grupos fundamentalistas e estes, a partir da interpretação ao pé da letra do que ali encontam, desencadeiam atos de terrorismo e insanidade coletiva. Vide os homens-bomba.
O maometismo valoriza o sacrifício, o martírio, a devoção completa e ilimitada à religião, o fatalismo, os Estados teocráticos. Há uma palavra árabe, "maktub", que significa "estava escrito", ou seja: o que lhe aconteceu somente assim se deu pois foi permitido por Alá. Ao fiel, cumpre curvar-se e aceitar.
Entretanto, é inegável, também, que o mesmo livro permite que pessoas sensatas sigam os seus ensinamentos e não se atirem a atitudes socialmente, digamos, descompensadas. Alá, com certeza, ilumina os justos.
A questão é que jornais têm por finalidade, dentre outros aspectos, exercer a crítica e, por vezes, com firmeza e agudez, agressividade mesmo. No caso da imprensa dinamarquesa, entendo que as charges demonstram o repúdio às atitudes insanas dos radicais islâmicos. Aos olhos ocidentais, é completamente inaceitável idéias como, por exemplo, a de guerra santa. Aonde está a santidade de uma guerra? Sinceramente, não vejo nenhuma.
Se é preciso denunciar, que se denuncie. Está escrito.
Emanoel Barreto
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