A Avenida Rio Branco começa no Baldo,
em meio ao trânsito louco e desequilibrado.
Multidão de carros neuróticos disputam espaço e vez,
como se estivessem escalando grande montanha de asfalto.
Velha avenida, antiga estrada dentro de Natal,
a Rio Branco sobe sua própria ladeira,
pára em seus sinais
e afinal se lança feito louca para a Ribeira.
E no secular bairro velho da cidade,
a Rio Branco é vertente que deságua
no silêncio das coisas antigas.
E ali deixa descansar seu desespero de ser avenida.
Emanoel Barreto
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