O
massacre do Serra elétrico
Os anunciados problemas de saúde de José Serra o retiraram da
marcenaria do Ministério das Relações Exteriores para levá-lo a atividades
ligadas à decoração de interiores.
Ou seja: agora vai atuar nos elegantes salões do PSDB para
assegurar-se como candidato à sucessão de Temer.
Ou seja: agora tratar de aplainar, se preciso com o uso de
formão, enxó, machado e pua, sua candidatura à presidência.
Engaiolado no Ministério ele deixava livre Aécio Neves, que,
ligeiro como um pássaro, lustrava suas plumas tucanas para ano próximo
disputar a sucessão do marido da Sra. Temer.
Notando que as coisas não estavam boas no campeonato político,
Serra – que como ministro estava na coluna do meio, pois tinha pouca mobilidade
para cabalar apoios a seu projeto pessoal - ajustou o colete ortopédico e cravou
coluna da direita.
Pronto, agora vai voando de volta ao Senado onde usará suas
habilidades de marceneiro para podar, cortar, devastar, destruir e destocar a
floresta semeada por Aécio, pré-candidato declarado.
Junte-se a isso o fato de que as novas delações da Odebrechet estão
para explodir – é o que se diz. Isso pode provocar uma grande inundação, pegando
muita gente no meio da travessia. Serra incluso. E o rio é largo e profundo.
Assim, é melhor começar a usar a serra, cortar madeira e fazer
uma casa na árvore mais alta. Nada garante que dê certo. Mas, pelo menos, será
uma tentativa.
Resumindo: ao sair do Ministério Serra fica faceiro, bem mais elétrico, e
poderá, não tenha dúvida, tentar massacrar a candidatura de Aécio. Ou seja: o
massacre do Serra elétrico tentará deixar Aécio numa fria, ou, aproveitando o trocadilho, jogar Aécio na situação de Abominável Homem
das Neves.
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