quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017



O massacre do Serra elétrico

Os anunciados problemas de saúde de José Serra o retiraram da marcenaria do Ministério das Relações Exteriores para levá-lo a atividades ligadas à decoração de interiores.
Ou seja: agora vai atuar nos elegantes salões do PSDB para assegurar-se como candidato à sucessão de Temer.  
Ou seja: agora tratar de aplainar, se preciso com o uso de formão, enxó, machado e pua, sua candidatura à presidência.
Engaiolado no Ministério ele deixava livre Aécio Neves, que, ligeiro como um pássaro, lustrava suas plumas tucanas para ano próximo disputar a sucessão do marido da Sra. Temer.
Notando que as coisas não estavam boas no campeonato político, Serra – que como ministro estava na coluna do meio, pois tinha pouca mobilidade para cabalar apoios a seu projeto pessoal - ajustou o colete ortopédico e cravou coluna da direita.
Pronto, agora vai voando de volta ao Senado onde usará suas habilidades de marceneiro para podar, cortar, devastar, destruir e destocar a floresta semeada por Aécio, pré-candidato declarado.
Junte-se a isso o fato de que as novas delações da Odebrechet estão para explodir – é o que se diz. Isso pode provocar uma grande inundação, pegando muita gente no meio da travessia. Serra incluso. E o rio é largo e profundo.
Assim, é melhor começar a usar a serra, cortar madeira e fazer uma casa na árvore mais alta. Nada garante que dê certo. Mas, pelo menos, será uma tentativa.
Resumindo: ao sair do Ministério Serra fica faceiro, bem mais elétrico, e poderá, não tenha dúvida, tentar massacrar a candidatura de Aécio. Ou seja: o massacre do Serra elétrico tentará deixar Aécio numa fria, ou, aproveitando o trocadilho, jogar Aécio na situação de Abominável Homem das Neves.  


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