sexta-feira, 18 de julho de 2014

Quando Piazzolla toca



Tango para Tereza
A manhã encontrou-me correndo em meio ao trânsito. Coisas a resolver.
http://www.camillecusumano.com/uncategorized/tango-on-the-mountain/
Minha mão, nessa correria, atirou-se, como se de mim independente fosse, a um CD de Astor Piazzolla – que, parece-me, os portenhos pronunciam “Piazôia”. Digo: na voz argentina essa dicção ganha foros de algo dramático, rubro, sanguíneo. Belíssimo. 

Quero bem demais a Buenos Aires para perder tempo com idiotices como a fabricada inimizade futebolística entre Brasil e Argentina. Disso não vou falar. 

Antes digo que, dos tangos ouvidos no carro,  lembrei-me, dentre eles, um dos mais belos: “Tango para Tereza”. Porque Tereza, Terezinha, é o nome da Minha Mulher a quem também chamo Nana, Nana Barreto. Rósea mulher que me caminha. 

Piazzolla, pelo menos não no disco que ouvi, não interpreta aquela música. Mas, nos meus ouvidos, em nenhum momento aquela composição deixou de ser ouvida. E afinal, cumpridas todas a missões da corrida manhã, cheguei à casa.

Então o lar virou um ambiente solar e lunar ao mesmo tempo. E então, para encerrar esta breve crônica, vou ouvir Tango para Tereza. Tenho olhos para ouvir e ouvidos para cantar. Buenas tardes Buenos Aires, buenas tardes, Tereza.

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