domingo, 11 de maio de 2014

É pau, é pedra, é o fim do caminho..

Assim caminha a humanidade
Emanoel Barreto

Esse velho-novo dia, todo dia - Como as páginas amassadas de um velho livro já muitas vezes lido, folheio a net. Jornais daqui e do mundo requentam a pequena eternidade de todos os dias; seus conflitos, perplexidades, ganâncias, atrocidades. Aqui e ali alguma coisa boa; mas são tão poucas...

Na África a aids mata milhares. Ali a fome e guerras internas dilaceram a humanidade de povos que vivem a miséria depois de despojados de suas riquezas pelas potências europeias. Nada de novo no front. Apenas a perpetuação de crimes dos fortes contra os fracos. Na Ucrânia a violência explode. Nos Estados Unidos loucos vez por outra saem atirando pesado.

Como uma fogueira quase apagada as chamas da brutalidade são sopradas com força pelos que mais podem. E logo as labaredas tornam a brotar; queimando, queimando, queimando...

Nas dobras do velho livro que olho - letras, palavras, frases, fotos - tudo se emaranha e se apresenta como uma mensagem sem nexo, sentido ou intenção. O que resta afinal, depois da leitura, é a certeza de que tudo está incerto e tão certo como dois e dois são cinco.

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