sexta-feira, 18 de abril de 2014

Armas e bagagens



https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=20204364#editor/target=post;postID=559913577162595329;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=0;src=link (esta imagem é ilustrativa, não me foi cedida pelos amotinados)

Motim na PM do

Rio Grande do Norte

O Jornal de Hoje publicou manchete que diz: “Bombeiros e Polícia Militar entram em greve nesta terça-feira no Rio Grande do Norte”. O motim, a exemplo do que ocorreu em Salvador, é forma de protesto contra as más condições de trabalho dos policiais, situação que implica falha no policiamento e ineficácia na proteção ao cidadão.

Claro que ninguém em sã consciência aprova ou defende a tropa amotinada, a perda de controle dos comandantes sobre seus comandados. Mas é preciso entender que os insubordinados são a ponta do iceberg que refere uma sociedade solapada em seus valores e instituições.

Assim, quando as elites não respeitam elas próprias suas leis aqueles que são os responsáveis por manter tais leis também se tornam indiligentes, ou seja: o afrouxamento dos costumes políticos, o descalabro nas ações do governo, a falta de respeito da elite e dos políticos pela sociedade é algo que também repercute na tropa, serve de caldo de cultura compartilhado pelos soldados e dispara o seu motim. 

A baderna do governo é a espoleta dos amotinados. Dialogar é a solução.

Repercussão na imprensa

A Tribuna do Norte, em texto de Valdir Julião, informa:
Os praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do  Norte confirmam a deflagração de paralisação dos serviços a partir da próxima terça-feira (22), a fim de forçarem o governo estadual a apresentar uma proposta de envio da Lei de Promoções para votação na Assembléia Legislativa. 

Um grupo de praças está acampado desde a quarta (9/04) em frente a Governadoria, no Centro Administrativo de Lagoa Nova, onde pretendem ficar até à Copa do  Mundo, caso o governo não reabra a mesa de negociação ou não atenda as reivindicações da categoria, como um reajuste no soldo salarial de 56,7%¨, porque o último ocorreu em janeiro de 2012.
 O vice-presidente da Associação Nacional de Praças, cabo Jeoás Santos, diz que a categoria não teme pelo esvaziamento da paralisação, nem por eventual pedido de ilegalidade do movimento junto à Justiça Estadual por parte do governo. Jeoás Santos lembrou que a paralisação dos serviços pelas Polícias Militares nos estados começou em 1997 e, mesmo não havendo uma previsão constitucional sobre o direito de greve dos policiais militares, “o nosso entendimento é que também não existe uma regulamentação que nos proíba fazer a paralisação”.



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