Israel e o massacre dos indefesos
Emanoel Barreto.
Com as bênçãos das maiores potências
do planeta o Estado de Israel está perpetrando uma carnificina contra o povo
palestino em represália a ataque dos terroristas do grupo Hamas. Confinadas em Gaza,
na verdade um campo de concentração a céu aberto, mais de dois milhões de
pessoas estão à mercê dos ataques dos israelenses.
Bombardeios diários estão pouco a
pouco reduzindo a escombros a cidade de Gaza e vitimando a sua população. Ao que
se percebe Israel vem cumprindo um atroz e implacável plano de matança: não
importa a situação indefesa das vítimas: é preciso matá-las em quantidade. Não se
deve levar em consideração seu sofrimento; atacando indiscriminadamente a força
bruta busca dissuadir a ação dos terroristas como efeito colateral. Paremos por
aqui ou essa comparação seria quilométrica.
Para completar, hoje à tarde (13/10) as vítimas receberam uma ordem: todas devem se dirigir para o sul da faixa de Gaza, pois neste sábado as tropas de infantaria e os carros de combate chegam para tomar tudo. O aviso tem o mesmo efeito de um “depois não diga que não avisei.” Certamente os soldados invasores esperam defrontar-se com os terroristas entrincheirados nos destroços da cidade.
A retirada rumo ao sul busca evitar que a TV do mundo mostre a soldadesca eliminanto indiscriminadamente velho e jovens, mulheres e homens, crianças e e doentes. É mais um cuidado com o discurso das armas. É preciso exterminar, mas com a discrição possível frente à realidade instalada.
Gaza é um território cercado por
uma muralha construída pelos israelenses
e mede 365 quilômetros quadrados. A área equivale a um quarto da cidade de
São Paulo e abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas.
O conflito entre israelenses e palestinos é antigo, surgiu a 14 de maio de 1948, quando foi criado o Estado de Israel, logo envolvido em lutas com os países árabes. A questão da disputa atual diz respeito aos confrontos israelo-palestinos, ambos reivindicando existência e posse territorial.
A solução seria a convivência entre dois
Estados independentes, em relação civilizada. Não se justifica o terrorismo,
mas também não se pode aceitar o massacre de pessoas vulneráveis, em ações que já
se transformaram em expressão de ódio, eminentemente busca de sangue.
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